sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Música: Forfun

Forfun é: Nicolas, Rodrigo, Vitor e Danilo.

Forfun é uma banda carioca formada em 2001. Ganhou destaque no cenário nacional em meados de 2005, com o lançamento do primeiro disco “oficial” da banda (em 2003 lançaram o EP “Das Pistas de Skate às Pistas de Dança”), intitulado “Teoria Dinâmica Gastativa”, ou somente “TDG”. Com o sucesso do disco, foram convidados para a gravação de um DVD com mais quatro bandas com destaque no cenário nacional; o DVD contou com a participação das bandas Moptop, Fresno, Hateen e Nx Zero, além de Forfun, e que foi lançado em 2007 com o nome de “MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock”. No início da banda (EP e TDG) o som era mais puxado para o rock, com letras falando sobre amor e situações vividas por adolescentes, digamos assim.
            Em 2008 é lançado seu segundo disco, “Polisenso”, inspirado em ritmos latino-americanos e com letras mais adultas, criticando a sociedade em que vivemos e falando sobre espiritualidade. Com o disco, em 2009 foram escolhidos “A Melhor Banda de Rock” no VMB (Video Music Brasil). O terceiro e mais recente álbum da banda foi lançado em 2011, “Alegria Compartilhada”. O disco segue os passos de “Polisenso”, com uma sonoridade mais “latino-americana”, com letras falando sobre o amor e espiritualidade.

            Atualmente o grupo é formado por Danilo Cutrim, nos vocais e guitarra; Rodrigo Costa no baixo e vocal; Victor Isensee nos teclados, sintetizadores, guitarra e vocal; e Nicolas Christ na bateria e backing vocal. Vamos aos álbuns então:

Das Pistas de Skate às Pistas de Dança: O EP lançado em 2003 é o primeiro da banda. Com influências do rock californiano, as letras não são muito bem elaboradas, falando sobre histórias de amores adolescentes em geral. As músicas mais conhecidas são: #1 História de Verão; #2 Cara Esperto; #4 Terra do Nunca; #5 O Melhor Bodyboader da Minha Rua; #9 Seu Namorado É Um Bundão; e #12 Constelação Karina. “Milhões de estrelas coloridas, rumo ao infinito, tudo faz sentido. Vai ser bem melhor!”



Teoria Dinâmica Gastativa: Lançado em 2005, conta com algumas regravações do EP anterior (#2 História de Verão, #6 Cara Esperto, #9 Seu Namorado É Um Cuzão, #11 Terra do Nunca, #13 O Melhor Bodyboader da Minha Rua e #16 Constelação Karina). Traz um início de discussão sobre a espiritualidade natural em #1 Hidropônica, mas bem pouco. Além das regravações, são destaques: #4 Costa Verde; #5 Good Trip; #12 4 A.M.; e #15 Viva La Revolución!. “Nasce de você a revolução, sufocada atrás da inércia. Amplifique a forma de pensar [...] Sem limites, faça a expansão e amplie a sua visão”.


Polisenso: O segundo disco, lançado em 2008, é um divisor de águas para a banda, pode se dizer. Deixando um pouco de lado o rock californiano, se inspiram mais no reggae e fazem o uso de sintetizadores. Duas músicas do disco foram gravadas no MTV 5 Bandas de Rock, em 2007: #9 Gruvi Quântico e #14 Siga o Som. Além de mudança na banda (Vitor passou a usar sintetizadores, deixando a guitarra de lado em algumas músicas), os fãs também se modificaram: alguns seguiram apoiando a banda com esse “novo som” e outros continuam com discurso de que “antigamente era melhor”. Não vou colocar músicas em destaque, pois o disco todo é ótimo, exceto as últimas três músicas que são músicas do disco mixadas – minha opinião, que fique claro. “Navios negreiros não cruzam mais o oceano, mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando, impondo ao mundo a cultura do capital, materialismo, acúmulo e o pensamento individual”.

Alegria Compartilhada: Lançado em 2011, além de ser um ótimo disco na parte musical, a arte do disco também é muito interessante. Menor que o disco anterior (AC conta com 12 canções, enquanto Polisenso conta com 19), Alegria Compartilhada traz um som mais “latino-americano” como falei anteriormente, com uso de teclados, metais e percussão. Novamente não vou dar destaque para músicas, porque em minha opinião o disco todo é ótimo – o conjunto todo, letras, música e a arte. Alegria Compartilhada possui um documentário que mostra a produção do disco; Alegria.doc foi lançado em 2012. “Faço de mim casa de sentimentos bons, onde a má fé não faz morada e a maldade não se cria”.


            Exceto o primeiro disco da banda, TDG, os outros (incluindo o EP) são independentes, e os últimos dois foram disponibilizados para download no site da banda. Forfun conta também com projetos sociais: Polisenso Mata-Atlântica: Realizado em 2010, foi um projeto que teve como meta reverter o dinheiro arrecadado com o download remunerado do disco Polisenso pelo site Trama Virtual ao mutirão organizado pelo Programa de Voluntários do Parque Nacional da Tijuca, com o apoio da Associação Amigos do Parque Nacional da Tijuca; e Projeto Roda Gigante: Projeto em que parte da renda da venda da versão física de Alegria Compartilhada será doada para o projeto Roda Gigante, uma iniciativa que utiliza palhaços para promover a saúde em hospitais públicos.


            Você pode baixar o mais recente álbum, Alegria Compartilhada, pelo site da banda: http://forfun.art.br/alegria/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Música: Pitanga em Pé de Amora


Pitanga em Pé de Amora é um grupo paulistano, que pretendo apresentar um pouco mais profundamente a vocês. Não sei ao certo o ano de início do grupo, mas em 2009 o grupo passou a se apresentar com maior frequência em casas importantes de São Paulo. O grupo tem um álbum homônimo gravado em 2010 no Estúdio Cachuêra, e lançado em 2011 num show esgotado no Auditório do Ibirapuera. Em 2012, participaram do programa Altas Horas, da Rede Globo; foi onde conheci o grupo.
O grupo conta com cinco integrantes: Flora Poppovic; Diego Casas; Daniel Altman; Angelo Ursini; e Gabriel Setubal. Sobre o ritmo, gênero ou como queiram chamar, cito aqui parte do texto disponível no site da banda: “Marchinhas carnavalescas, tangos nazarethianos, baiões e jongos, desprovidos daquele conservadorismo em se manter o estilo tradicional dos ritmos, se misturam de maneira natural com discursos jazzísticos e de vanguarda, tanto na riqueza das canções como nos elaborados arranjos que pontualmente abordam todas essas referências – a exemplo do que Guinga e todos os seus seguidores já provaram ser um caminho viável.” 


            Vamos ao disco gravado em 2010 e lançado em 2011, “Pitanga em Pé de Amora”. O disco conta com 12 canções, com um total de 47 minutos.

#1 Quem Ouvirá: Como em todas as músicas do grupo, letra poética bem feita, com uma melodia gostosa de ouvir. Uma das melhores do álbum. Cito uma parte da música: Porque quem ouve o que eu canto, sabe um tanto do que eu sou. Mas há de ver que o meu canto é som, é como eu soo mais do que sou”.
#2 Andina (Sempre Adelante): Inicia-se com um dedilhado no violão e uma flauta suave. Com um dueto muito bem feito por Flora e Diego, a música aparece como uma ótima obra à se apreciar. “Os dois juntos a caminhar. Qual é a batalha que não tem dor, e agente criou. Quem tanto esperou, quem velou e quem lutou, quem inventou o amor”.
#3 Frevo a Tempo: Música que dá nome ao blog. Novamente um dueto feito por Flora e Diego, uma das melhores do disco. Com uma boa apresentação de clarinete tocado por Angelo. “Ó lá quem vem me fazendo calor, é o meu amor. Já vem chegando e vem pra me atiçar. Vem me tirando com a mão, meu peito e o coração. E o que é que eu posso, é  tudo nosso, deixa estar”.
#4 Chegou:  Letra muito bem feita. Música lindíssima. Arranjos muito bem feitos com destaque para a flauta e o dedilhado. Uma das melhores e talvez a mais linda do álbum. “Que tu já nasceste em verso e prosa, da rosa que ninguém viu. São teus lábios, tua cor, és meu amor”.
#5 Quando Eu Te Encontrar: Uma música mais lenta, somente com um leve dedilhado, a voz da Flora e uma combinação agradabilíssima de trompete e flauta ao fundo. Quem sabe a vida só queira rodar. Quem sabe a sorte que o tempo dirá. Quem sabe o fim já não chegou e a chance de recomeçar”.
#6 Ninguém Viu: Cantada apenas por Diego, a música traz um refrão muito gostoso de cantar junto. Juntamente com arranjos bem feitos e novamente um destaque para a flauta. “E a lição de esquecer sem pagar pra ver, é o remédio que mais dói em mim, é o tédio do fim. Me entender em ter ou ser e escolher, eu sempre quero mais”.
#7 Meu Caminho: Outra música mais lenta e também muito gostosa de cantar junto. A letra é muito bem feita, uma das melhores letras do disco. “Mãe, deixa eu partir, desgarra a minha mão, eu não volto mais. Mãe, lembra de onde eu vim, que a vida é a razão, eu não volto mais”.
#8 Shot: Com destaque no refrão da canção, onde há uma perfeita combinação da letra, com os arranjos e a voz da Flora. Uma das melhores músicas do disco. Destaque também para a metade final da música, onde não há mais voz, somente o som dos instrumentos. “Deixa eu te levar, e o mundo inteiro vai querer dançar, com a poesia de te ver passar, e a sorte de existir, pra apreciar”.
#9 Choro (Bate-Boca): Talvez a melhor música do disco. A letra conta uma história que é encenada no clipe do grupo. Destaque para o final da canção onde todos cantam, em forma de marchinha de carnaval. “Mas tudo bem, deixa pra lá, não tem por que se lamentar. Vamo ver no que é que dá quando ela vier me procurar. Que eu não sei não, se o tal rapaz vai aguentar a insanidade dela. Pode escrever: num mês ela já tá de volta, e vai mudar minha rotina outra vez”.
#10 Melhor Assim: Puxado mais para um samba segue uma ótima música, com uma boa letra e novamente um belo dueto. Foi melhor assim, você sem mim e eu sem você. Pois é, faltou um triz pra ser feliz, e agora o que restou?”.
#11 Maré Baixa: Uma música mais lenta com uma letra bem elaborada, gostosa de se ouvir, cantada pela Flora. “Trecho azul do céu, que me suspira uma canção. Sopra em meu ouvido, e diz: os pássaros vão aonde vão”.
#12 Laura: Uma das melhores e mais lindas canções do disco. Interpretada pela Flora, com a combinação dos arranjos, faz de “Laura” uma ótima música para cantar, ouvir, tocar e outras coisas quaisquer. Laura meu bem, como eu tentei te ver feliz, não consegui mais que essa canção, te faça ver que o amor só existe pra quem viveu”.

            Para conhecer mais sobre a banda e baixar o álbum, acesse o site: http://www.pitangaempedeamora.com.br/


            Grupos como Pitanga fazem a gente perceber que a música brasileira ainda está viva n’alma, ouvido, dedos e voz de muitos brasileiros. Grupos que deveriam ter um destaque nacional maior estão escondidos em pequenas casas de show nas cidades. Apesar de tudo, viva a música brasileira! 

domingo, 2 de setembro de 2012

Prólogo



Sombrinha de frevo.
Capa do CD "Frevos Mulher", de Maria Olivia, 2007.
Olá. Inicialmente vou escrever um pouco sobre Rodrigo Lemos, eu. Após a breve introdução, um resumo sobre a ideia geral do blog. Nasci em Santa Rosa - RS, mas vim muito pequeno (um ano e meio) para Joinville - SC, onde moro até hoje. Atualmente curso História - Licenciatura na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Estou com 18 anos. Anos atrás fiz aulas de violão, onde aprendi apenas o básico; nunca formei banda, mas sempre quis. Gosto bastante de ler. Gosto muito de ouvir música (principalmente nacional). Gosto de seriados antigos. Colorado desde criança, futebol é uma das minhas paixões. Outra paixão e meu amor é a minha namorada. Isso seria o básico.





            Vamos à breve ideia geral do blog: penso em fazer postagens apresentando bandas (bastante conhecidas e pouco conhecidas); livros e/ou autores que gosto e acho interessante apresentar; seriados e filmes (antigos ou novos) bons ao meu ver e que considero importante mostrar aos outros; alguma coisa sobre futebol, política, jogos, entre outros assuntos também.

            Sobre o nome do blog "Frevo a Tempo": é o nome de uma música de um grupo que eu gosto muito. Chama-se Pitanga em Pé de Amora, falarei um pouco mais do trabalho dele em uma outra postagem. Não que eu considere essa música a melhor deles, mas acho o nome bem interessante e propício para o blog. Frevo é uma dança e um ritmo português, mas com grande destaque no Brasil, principalmente na região nordeste do país, e por mais que ele não tenha um grande destaque nacional fora do carnaval, ele está vivo no Brasil, trazendo música, cores e danças para o povo.

            Seria isso por ora. Abraços e até breve!