Pitanga em Pé de Amora é um
grupo paulistano, que pretendo apresentar um pouco mais profundamente a vocês.
Não sei ao certo o ano de início do grupo, mas em 2009 o grupo passou a se
apresentar com maior frequência em casas importantes de São Paulo. O grupo tem
um álbum homônimo gravado em 2010 no Estúdio Cachuêra, e lançado em 2011 num
show esgotado no Auditório do Ibirapuera. Em 2012, participaram do programa
Altas Horas, da Rede Globo; foi onde conheci o grupo.
O grupo conta com cinco integrantes:
Flora Poppovic; Diego Casas; Daniel Altman; Angelo Ursini; e Gabriel Setubal.
Sobre o ritmo, gênero ou como queiram chamar, cito aqui parte do texto disponível
no site da banda: “Marchinhas carnavalescas, tangos nazarethianos,
baiões e jongos, desprovidos daquele conservadorismo em se manter o estilo
tradicional dos ritmos, se misturam de maneira natural com discursos
jazzísticos e de vanguarda, tanto na riqueza das canções como nos elaborados
arranjos que pontualmente abordam todas essas referências – a exemplo do que
Guinga e todos os seus seguidores já provaram ser um caminho viável.”
Vamos
ao disco gravado em 2010 e lançado em 2011, “Pitanga em Pé de Amora”. O disco
conta com 12 canções, com um total de 47 minutos.
#1
Quem Ouvirá: Como em todas as músicas do grupo, letra poética bem feita, com
uma melodia gostosa de ouvir. Uma das melhores do álbum. Cito uma parte da
música: “Porque quem ouve o que eu
canto, sabe um tanto do que eu sou. Mas há de ver que o meu canto
é som, é como eu soo mais do que sou”.
#2 Andina
(Sempre Adelante): Inicia-se com um dedilhado no violão e uma flauta suave. Com
um dueto muito bem feito por Flora e Diego, a música aparece como uma ótima
obra à se apreciar. “Os dois juntos a caminhar.
Qual é a batalha que não tem dor, e agente criou. Quem tanto esperou, quem
velou e quem lutou, quem inventou o amor”.
#3
Frevo a Tempo: Música que dá nome ao blog. Novamente um dueto feito por Flora e
Diego, uma das melhores do disco. Com uma boa apresentação de clarinete tocado
por Angelo. “Ó lá quem vem me fazendo calor, é
o meu amor. Já vem chegando e vem pra me atiçar. Vem me tirando
com a mão, meu peito e o coração. E o que é que eu posso,
é tudo nosso, deixa estar”.
#4
Chegou: Letra muito bem feita. Música
lindíssima. Arranjos muito bem feitos com destaque para a flauta e o dedilhado.
Uma das melhores e talvez a mais linda do álbum. “Que tu já nasceste em verso e prosa, da rosa que
ninguém viu. São teus lábios, tua cor, és meu amor”.
#5
Quando Eu Te Encontrar: Uma música mais lenta, somente com um leve dedilhado, a
voz da Flora e uma combinação agradabilíssima de trompete e flauta ao fundo. “Quem sabe a vida só queira rodar. Quem sabe a sorte
que o tempo dirá. Quem sabe o fim já não chegou e a chance de recomeçar”.
#6 Ninguém
Viu: Cantada apenas por Diego, a música traz um refrão muito gostoso de cantar
junto. Juntamente com arranjos bem feitos e novamente um destaque para a
flauta. “E a lição de esquecer sem pagar pra ver,
é o remédio que mais dói em mim, é o tédio do fim. Me entender em ter ou
ser e escolher, eu sempre quero mais”.
#7 Meu Caminho:
Outra música mais lenta e também muito gostosa de cantar junto. A letra é muito
bem feita, uma das melhores letras do disco. “Mãe,
deixa eu partir, desgarra a minha mão, eu não volto mais. Mãe,
lembra de onde eu vim, que a vida é a razão, eu não volto mais”.
#8 Shot:
Com destaque no refrão da canção, onde há uma perfeita combinação da letra, com
os arranjos e a voz da Flora. Uma das melhores músicas do disco. Destaque
também para a metade final da música, onde não há mais voz, somente o som dos
instrumentos. “Deixa eu te levar, e
o mundo inteiro vai querer dançar, com a poesia de te ver passar,
e a sorte de existir, pra apreciar”.
#9 Choro
(Bate-Boca): Talvez a melhor música do disco. A letra conta uma história que é
encenada no clipe do grupo. Destaque para o final da canção onde todos cantam,
em forma de marchinha de carnaval. “Mas tudo
bem, deixa pra lá, não tem por que se lamentar. Vamo ver no que é
que dá quando ela vier me procurar. Que eu não sei não, se o tal
rapaz vai aguentar a insanidade
dela. Pode escrever: num mês ela já tá de volta, e vai mudar
minha rotina outra vez”.
#10 Melhor
Assim: Puxado mais para um samba segue uma ótima música, com uma boa letra e
novamente um belo dueto. “Foi melhor assim, você
sem mim e eu sem você. Pois é, faltou um triz pra ser feliz, e
agora o que restou?”.
#11 Maré
Baixa: Uma música mais lenta com uma letra bem elaborada, gostosa de se ouvir,
cantada pela Flora. “Trecho azul do céu, que
me suspira uma canção. Sopra em meu ouvido, e diz: os pássaros
vão aonde vão”.
#12 Laura:
Uma das melhores e mais lindas canções do disco. Interpretada pela Flora, com a
combinação dos arranjos, faz de “Laura” uma ótima música para cantar, ouvir,
tocar e outras coisas quaisquer. “Laura meu
bem, como eu tentei te ver feliz, não consegui mais que essa canção, te
faça ver que o amor só existe pra quem viveu”.
Para conhecer mais sobre a banda e baixar o álbum, acesse o site: http://www.pitangaempedeamora.com.br/
Grupos como
Pitanga fazem a gente perceber que a música brasileira ainda está viva n’alma, ouvido,
dedos e voz de muitos brasileiros. Grupos que deveriam ter um destaque nacional
maior estão escondidos em pequenas casas de show nas cidades. Apesar de tudo,
viva a música brasileira!
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